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sábado, 12 de fevereiro de 2011

EM PAZ


"Desimpedida a visão espiritual das belidas que a obscureciam, eles o verão de todo lugar onde se achem, mesmo da Terra, porquanto Deus está em toda parte." A GÊNESE - Capítulo 2º - Item 34.

Porque depares a dissipação e o vício nas diversas esquinas do caminho, não consideres a estância terrestre como um pardieiro onde o crime se agasalha.

Porque a enfermidade seja uma constante na caminhada humana, não creias que a Terra seja um hospital de infelizes experimentando tormentos inomináveis.

Porque a solidão te ofereça agasalho vigoroso, não permitas o aniquilamento do instinto gregário que a todos impele para a vida em comunidade.

Porque problemas de vária ordem te amesquinhem, abrutalhando os sentimentos que trabalhavas para a sublimação interior, não penses que a dor é operária impiedosa e invencível a soldo da divina inclemência.

Porque a loucura faz caça ao prazer, não justifiques a delinquência pessoal, acumpliciando-te cada vez mais com os verdugos da própria serenidade.

Porque dourados tetos acobertam a intrujice e o crime, como se a vitória do poder fosse áulico dos desonestos não os invejes, revoltado ante as duras penas que expunges...

Há muitos cristãos e espíritas que embora as lides doutrinárias a que se ligam perseguem os lauréis do engano com infatigável destemor.

Dizem acreditar na imortalidade do espírito, mas agem às tontas, às cegas.

Informam acatar a diretriz evangélica, no entanto, vivem distanciados dos nímios postulados da honestidade e do equilíbrio.

Afirmam a excelência da fé a que se irmanam, todavia, conduzem as atitudes em sentido oposto aos roteiros que pretendem testemunhar.

Esclarecem o valor da pureza e lecionam solidariedade e amor, entretanto, utilizam-se dos ardis que os maus movimentam e pensam sempre em si, criando e mantendo círculos estreitos de amizade.

Acatam as instruções dos Espíritos e se emocionam com as narrativas da Erraticidade, conquanto prefiram o "hoje" e nesse "hoje" somente o "agora", tendo em vista o "amanhã" nas mesmas bases do "hoje".

Explica-se que as circunstâncias da vida moderna são os fatores causais da desordem moral e social que estruge vitoriosa em toda parte. Convém, porém, recordar que Jesus nascendo na hora e no dia de Augusto, e vivendo no reinado de espoliamentos morais e econômicos de libério, edificou uma Humanidade em bases superiores, imolando ao ideal do amor a própria vida.

Depois de doutorar-se em Medicina, em Londres, com todas as láureas em todas as disciplinas, e defender com brilhantismo invulgar a cátedra que lecionou por apenas um ano, Vivekananda descobriu que perdera o contato com Deus.

Abandonou tudo: glórias, honras, posição, grandeza e retornou à Pátria para reencontrar-se, reencontrar Deus.

Logo chegou foi visitar o seu velho preceptor espiritual. Às primeiras palavras o mestre ordenou-lhe silêncio, com um gesto típico, apontando-lhe humilde assento e o deixando em quietação.

Decorridas algumas horas, este, por sua vez, sentou-se-lhe ao lado e o inquiriu bondosamente.

- "Desejava reencontrar Deus" - respondeu-lhe o discípulo emocionado, após minudenciar as conquistas e buscas, as lutas e triunfos, a grande frustração espiritual.

Mergulhando em meditação demorada o guru quedou-se, para depois dirigir-lhe ossudo dedo entre a quarta e quinta costela, na direção do coração, como a dizer-lhe que ali, no mundo, ele o encontraria...

Apaga, no mergulho da prece e da meditação, em ensimesmamentos espirituais, as chamas da inquietude e faze bastante silêncio no espírito aturdido.

Examina em profundidade o que desejas realmente, como o pretendes, para quanto tempo o queres.

Depois busca a renovação na fé viva e avança pelos rumos difíceis.

Nada te empanará o brilho do entusiasmo, nenhuma sombra te perturbará.

Os maus não te farão mau, os doentes não te contaminarão, os infelizes não te inquietarão.

Brilhará a tua luz em toda parte se te ligares a Jesus, o Dínamo Sublime, e estarás tranquilo mesmo quando soe a hora do despertamento consciencial com a chegada da desencarnação, porquanto, com Deus, em paz, sentirás, em paz, Deus contigo.

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Espírito e Vida. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 51. LEAL Editora.

* * * Estude Kardec * * *

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