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sábado, 9 de outubro de 2010

Descontrôle

Naquele dia de sol, Mário chegou feliz e estacionou o reluzente caminhão em frente à porta de sua casa. Após 20 anos de muita economia e intenso trabalho, sacrificando dias de repouso e lazer, ele conseguiu.
 
Comprou um caminhão. Orgulhoso, entrou em casa e chamou a esposa para ver a sua aquisição. A partir de agora, seria seu próprio patrão.
 
Ao chegar próximo do caminhão, uma cena o deixou descontrolado. Seu filho de apenas 6 anos estava martelando alegremente a lataria do caminhão.
 
Irritado e aos berros, ele investiu contra o filho.
 
Tomou o martelo das mãos dele e, totalmente fora de controle, martelou as mãozinhas do garoto.
 
Sem entender o que estava acontecendo, o menino se pôs a chorar de dor, enquanto a mãe interferiu e retirou o pequeno da cena.
 
Na seqüência, ela trouxe o marido de volta à realidade e juntos levaram o filho ao hospital, para fazer curativos.
 
O que imaginavam, no entanto, fosse simples, descobriram ser muito grave. As marteladas nas frágeis mãozinhas tinham feito tal estrago que o garoto foi encaminhado para cirurgia imediata.
 
Passadas várias horas, o cirurgião veio ao encontro dos pais e lhes informou que as dilacerações tinham sido de grande extensão e os dedinhos tiveram que ser amputados.
 
De resto, falou o médico, a criança era forte e tinha resistido bem ao ato cirúrgico. Os pais poderiam aguarda-lo no quarto para onde logo mais seria conduzido.
 
Com um aperto no coração, os pais esperaram que a criança despertasse. Quando, finalmente, abriu os olhos e viu o pai o menino abriu um sorriso e falou:
 
"Papai, me desculpe, eu só queria consertar o seu caminhão, como você me ensinou outro dia. Não fique bravo comigo."
 
O pai, com lágrimas a escorrer pela face, em desconsolo, se aproximou mais e lhe disse que não tinha importância o que ele havia feito.
 
Mesmo porque, a lataria do caminhão nem tinha sido estragada.
 
O menino insistiu: "quer dizer que não está mais bravo comigo?"
 
"Não, mesmo", falou o pai.
 
"Então", perguntou o garoto, "se estou perdoado, quando é que meus dedinhos vão nascer de novo?"
 

***
 
Toda vez que perdemos a calma, perdemos também a lucidez e o bom senso. Nesses momentos, podemos cometer muitas tolices.
 
E quando investimos contra as criaturas que amamos, podemos machuca-las muito. Podemos feri-las com palavras e com atos.
 
E, em se tratando de crianças, que são frágeis e ficam indefesas frente ao descontrole dos adultos, tudo assume maior gravidade.
 
Jamais nos permitamos a ira, que é sempre má companhia. Domemos as nossas más tendências e nossos impulsos agressivos, recordando que nada na vida é mais precioso do que as pessoas.
 
As coisas que possamos adquirir nos servirão por algum tempo, mas, somente os nossos amores estarão conosco sempre, não importando o local ou as condições que venhamos a nos encontrar.
 
Preservemos a calma e ofertemos para aqueles que são os sóis das nossas vidas somente o carinho, a ternura e as doces manifestações do amor.


ESPECIAL:


Nosso Lar


de R$ 25,00
por R$ 22,00
Equipe Redação do Momento Espírita, a partir de texto intitulado não vale chorar, de autoria desconhecida da equipe.
Fonte:
http://www.reflexao.com.br/
Índice das Mensagens de Momentos de Reflexão

domingo, 4 de julho de 2010

Renúncia e amor





www.reflexao.com.br

Agora ele já é um homem maduro...

Muitas foram as experiências vividas junto aos seus doze irmãos e, de vez em quando, ele conta uma delas.

Lembra-se de quando era apenas um menino e se inquietava porque sua mãezinha raras vezes almoçava ou jantava, junto com ele e os demais filhos.

Um dia perguntou por que ela não se alimentava com eles e ela respondeu com um sorriso de ternura:

É que não sinto fome, meu filho.

Ele achava estranho o fato de sua mãe não sentir fome, mas sempre que lhe perguntava, ela respondia que realmente não estava com fome.

Os anos passaram... Os filhos cresceram e hoje ele sabe que sua mãezinha deixava de comer não por falta de fome e, sim, por falta de comida.

Ela, uma mulher semi-analfabeta, conduzia os filhos com tanto amor que nenhum dos 13 filhos percebeu que renunciava à comida para que eles pudessem alimentar-se precariamente.

Jamais os fez se sentirem culpados pelas necessidades que a família enfrentava.

Esse é o verdadeiro amor.

O amor que sabe renunciar até mesmo às necessidades básicas, como o alimento, por exemplo, para que os filhos cresçam seguros e sem culpa.

Hoje ela habita no Mundo dos Espíritos e, certamente, pode contemplar cada um dos seus filhos como quem fez tudo o que devia ser feito para que se tornassem pessoas de bem.

Nos dias atuais, lamentavelmente, vemos pais e mães que culpam os filhos por tudo o que não conseguem realizar.

Se a mãe não pode exercer a profissão que escolheu, a culpa é dos filhos, que vieram na hora errada.

Se falta dinheiro, os filhos levam a culpa. Afinal de contas, o colégio é caro, os livros, as roupas etc.

Se o casal não pode realizar a viagem de férias, a sós, é por causa dos filhos que teimam em existir para atrapalhar a vida dos pais.

Nesses dias de tantos desencontros entre pais e filhos, vale a pena meditar a respeito da renúncia daquela mãe que deixava de comer para que os filhos que pôs no mundo pudessem sobreviver.

Vale a pena pensar na grandeza do amor...

Do amor que sabe renunciar e sabe calar para não ferir os sentimentos daqueles com quem convive e que dependem da segurança do lar para crescer e dignificar o Mundo que os acolhe com doçura e carinho.

Se você, como mãe, está impedida de fazer tudo o que gostaria por causa da presença dos filhos, não os culpe. Lembre-se de que eles crescem muito rápido e saberão reconhecer os seu esforços e renúncias.

E, ainda que não reconheçam, pense como a vida não teria sentido sem a presença deles no lar.

Pense que se Deus os levasse hoje, você estaria livre para fazer o que deseja, mas não é isso que você quer.

Por essa razão, considere que o tempo que você dedica aos filhos não é tempo que você perde, mas tempo que você investe.

O verdadeiro amor é aquele que é capaz de renunciar sem ferir e de se dedicar sem cobrança.

* * *

O amor de mãe é a mais sublime expressão do amor na face da Terra.

Nada se pode comparar à ternura de uma mãe abraçando os filhos seus.

É por isso que muitos de nós, nas horas amargas, lembramos da Mãe mais sublime que já pisou na Terra: Maria, mãe de Jesus.